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Escolhas...

   A vida não estava ruim, estava noiva de um homem de grandes posses, bonito e ambicioso, em pleno século 16, o que mais eu iria querer? Mamãe sempre me disse que aprendeu a amar, sempre a considerei uma mulher de sorte, em uma cidade com Laweer, poucas eram as sortudas! E agora, eu era uma delas.
   Sempre senti meu coração bater aceleradamente pelo sobrinho do meu tio, eu sabia que era errado, ainda mais pelo Darcy, que não queria casar-se.
   Porém comigo, Darcy era diferente, sempre cuidadoso, preocupado, depois de um beijo, no lago, tudo mudou, todos os bailes, eventos e jantares, só haveria alegria se ele comparecesse! Hoje é diferente, ele conheceria meu noivo, e eu, não gostaria de estar presente.
    - Elizabeth, desça logo antes que nos atrasemos.
    - Está bem, já desço!
   "Calma, é só manter a calma!" pensei. Eu sabia que não seria fácil, para ser sincera, eu, nem gostaria que fosse! "Óh, ali está Darcy!" "Pare com isso, é aqui que deve prestar atenção, em Pedro, seu noivo!".
    - Senhorita Elizabeth, você está formidável!
    - Óh, obrigada Darcy.
   Nesse momento não consegui pensar muito bem, comecei a chorar e corri até a onde não havia ninguém, cai na grama, e continuei a chorar.
    - Eliza? O que você tem? Por favor, me fale.
    - Você sabe, sua voz, seu jeito, caráter, tudo em você me agrada, isso me confunde!
    - Eu não lhe entendo, depois de nosso dia, anda me ignorando, isso me fere Elizabeth - disse Darcy, sentando-se ao meu lado -, fere muito!
    - Ferida estou eu, não consigo olhar para Pedro!
    - Ele não é o único que tem sentimentos.
   Disse Darcy, que logo após me deu um beijo inesperado, nesse momento, nós nos levantamos lentamente... Como se não pertencêssemos mais ao mundo exterior... Como nadadores em um sonho nebuloso... Que não precisassem mais respirar...
    - Fuja comigo Eliza, eu a amo, como nunca, amarei ninguém, venha comigo, preciso de você!
    - Eu também o amo, mas não é justo com Pedro, Darcy!
    - E você acha justo com ele, viver enganado?
   Hoje, revendo essa folha de diário velha, sei que fiz a escolha certa e o quanto amo meu marido, 39 anos de casados e o sentimento e desejo só aumentam. Áh, cada dia que passa...

Palavras.


 Nunca vou esquecer essa sensação, de te ver feliz com outra, como se eu não tivesse sido nada. Aí me pergunto: O que ela fez de diferente? Por que ela e não eu? Eu sou tão ruim assim? Tudo que eu fazia era pensando em você, se você ficaria bravo, se ficaria com ciúmes, e ver você me trocando por uma qualquer não é fácil. 
  Você costumava dizer que era eu quem você queria, era eu quem você amava... E agora? Você diz as mesmas palavras pra ela? E ela se iludiu como eu? Não seja idiota, elas gostam de você por outro motivo, pelo seu dinheiro, pela sua beleza, pelo seu status, mas somente uma menina amou você pelo seu coração, eu. Não tente se iludir, elas não são como eu e sabe por quê? Porque tudo que eu dizia era real, tudo do fundo do meu coração, cada palavra de amor era um sentimento real, cada sorriso seu era um motivo pra me fazer sorrir.
    Eu acreditava em você, como ninguém nunca acreditou! Você mudou a minha vida e eu acreditava ter mudado a sua, mas, meras palavras terminaram tudo, e agora lhe vejo com uma menina simplesmente oposta a mim, sabe ela tá sempre bem arrumada, com várias companhias e tem uma rodinha de pessoas que se encaixam com ela, ela usa maquiagem até pra ir na panificadora, ela faz a unha toda semana, se sair o esmalte de um cantinho  ela tira tudo e passa base até fazer na outra semana e se a sua unha quebrar é capaz de chorar. E eu? Bom, eu amo meu moletom e meu chinelo, tenho minha melhor amiga e saio com todo mundo, não sou de entrar pra "grupinhos", "crews", entre outros, minhas maquiagens são utilizadas só quando preciso, e minhas unhas só se eu estiver de bom humor, prefiro mil vezes estar escrevendo um texto qualquer lembrando de você no canto das folhas do meu caderno de química...
  Mas eu duvido que seja por isso que tenha escolhido ela, sei muito bem que você gostava mil vezes mais quando eu jogava vídeo game com você do que quando contava o meu dia, e sério, cai entre nós, os dois aqui sabem que ela deve odiar qualquer coisa relacionada a jogos de garotos. Eu não era igual você, mas nós nos encaixávamos perfeitamente, e se eu me encaixava com você isso significa que ela com toda certeza não se encaixa.
  Então por que ela? Aquela boneca humana, ela e todas que vieram depois de mim, não fazem muito sentido sabia? Desculpe o palavreado mas por falta de palavra melhor, você pega elas somente pra "comer"? Amor não é, eu não posso ter amado sozinha, não, é, não, eu não amei sozinha, e sei muito bem disso!
  Nem sei porque estou lhe escrevendo essa carta, tenho certeza que entrará em uma pasta cheia de cartas que nunca tive coragem de enviar pra ninguém, mas sempre as releio e choro. Que merda, nós sabemos que eu não sou assim, sabemos que eu nunca teria namorado, pensado em um futuro do seu lado, eu nunca, nunca, me arrumaria toda e ficaria nervosa só pra sair com um garoto. Mas eu não sei qual é a sua droga, eu só sei que é totalmente viciante e eu virei totalmente dependente, por fora tá sendo fácil, passar por você e fingir que não te conheço, ir em festas e conversar com você casualmente como se não nos conhecemos, e ter que engolir os comentários de como eramos perfeitos juntos. 
  Mas eu sei que se você me procurar como fez da última vez eu não vou resistir, eu vou te amar como sempre amei, e vou parecer aquelas menininhas bobas e frágeis que eu nunca gostei na escola. Eu sei, não sei se você sabe, mas eu sei que você virá atrás de mim em breve, me fazendo carinho, me pedindo pra voltar, choramingando como fazia sempre que brigávamos. É, eu sei de tudo isso. Mas como dizem, saudade é um preço que se paga por viver momentos inesquecíveis e ela nunca será motivo pra ter de volta.

Um dia vai dar certo...


 “Um dia vai dar certo, ah vai. Mas antes disso vai dar tudo errado. Tudo. Você vai se decepcionar com as pessoas que mais gosta. Vai tirar notas ruins mesmo tendo passado a noite estudando. Vai brigar com a sua mãe. Vai cortar o cabelo e achar que ficou horrível. Vai ver o namorado com a sua melhor amiga. Vai perder pessoas que ama. Vai cair de cara no chão. De novo. E de novo. E quando você não tiver mais forças pra se levantar, vai aparecer alguém pra dar a mão e te levantar. É ele. Deu certo.”

  - Tati Bernardi

Ela era tudo.

  Nunca deixe de amar, nunca deixe de se entregar, vou lhes contar minha história e talvez entendam o que estou falando, talvez não, só sou um menino relatando sua história.
  Eu estava vagando no facebook igualmente a todo mundo, mas eu vi uma foto, que me parou, ela era linda, meu Deus, como ela era linda. Tive que falar com ela, foi mais forte que eu... Era monólogos totalmente discretos no começo, fui pegando intimidade e me apaixonando cada vez mais.
  Ela tinha minha confiança e eu a dela, pena que ela namorava, e morava a 350km de distância, foram um ano, e nove meses, como o melhor amigo, o fofinho, eu não queria isso...
  Um dia ela e o namorado discutiram, e ela desabou, me ligou chorando, me contando uma história que não me agradou nenhum um pouco, ouvi tudo e pedi pelo amor de nossa amizade que ela o deixa-se. Ela o deixou.
  Logo após isso me declarei, não aguentava mais guardar aquilo para mim mesmo, ela levou algum tempo para me entender, perceber o que sentia, e aceitar o pedido de namoro. Foi mais um ano namorando, e eu sempre adiando o dia de ver ela, minha família era contra essa minha vontade de namorar a distância, ninguém aceitava ninguém queria.
  Um dia, eu estava no colégio ela ela deu uma crise de ciúmes, coisa normal nossa desde a época de amizade, mas dessa vez ela exagerou e eu não gostei, terminei tudo, um idiota. Chegando em casa, dormi no sofá nem almocei, estava com um aperto no peito e passando mal, acordei com o meu celular tocando, era ela. Atendi e disse:

  - Oi meu amor, me desculpe não te responder, mesmo estava muito nervoso, eu amo você, me desculpe mesmo.

  - Oi, aqui é da polícia, pelo que entendi você é namorado da Andressa?

  - Sim, por quê?

  - Temos uma notícia não muito boa a lhe dar.

  - Diga seu guarda, não me deixe nervoso (eu já estava apreensivo, quase chorando)!

  - A Andressa estava muito nervosa, chorando muito, e saiu correndo na rua, com o celular na mão, o número discado era o seu, mas na confusão toda, ela acabou sendo atropelada, e depois de poucos minutos morreu, procuramos outros contatos, porém não havia outro número, me desculpe por ter que lhe dar essa notícia.

  Eu paralisei, minha vida, meu tudo, minha base! Morreu? Como assim, morreu? A culpa era minha! Quem se irritou com a briga fui eu!

  - Alô, tem alguém na linha? Sabe nos informar algum contato da família dela?

  - Seu guarda, provavelmente ela tenha um outro celular na bolsa, onde tem todos os seus contatos, esse celular ela usava com um chip da minha cidade, pra poder se comunicar comigo. (Disse eu em prantos.)

  - Ok, entraremos em contato com a família da moça, obrigada!

   Eu liguei pra minha mãe, avisei que peguei dinheiro e fui para a rodoviária. Consegui me comunicar com a mãe dela, que me compreendeu e me deu estadia. Cheguei a tempo do velório, e pela primeira vez toquei em seu rosto, esse foi o tão sonhado e almejado primeiro encontro, eu a sentia, meu sentimento fervia mas eu não podia fazer mais nada, nada que mudasse a história, como eu gostaria de estar sonhando.
  Tantos meses planejando aquele dia, o primeiro beijo, a primeira noite, nossos romances, histórias, carinhos, eu nunca vim, sempre adiava por motivos banais, sem razão as vezes, sempre achei que ela estaria ali. A mãe dela não saiu do meu lado, nós dois chorávamos e olhávamos para aquele corpo querendo dizer tanta coisa que não podia mais ser dita. Viver tantos planos, e coisas impossíveis hoje. Escrevi uma carta, coloquei em seu peito e vi seu caixão sendo fechado.
  Nesse momento, senti todo o meu amor morrendo, tudo que sentia, foi despedaçando, caindo, se indo junto a ela, meu coração, eu sabia que nunca amaria alguém como amei ela, eu me culpava, eu me odiava.
  Hoje vou uma vez por ano na cidade dela visitar o túmulo e sua família, eu e a mãe dela passamos sempre ao menos uma vez ao ano juntos, e nesses cinco anos eu via a minha menina em seu olho, em seu carinho, no seu jeito, virou uma segunda mãe uma melhor amiga, e sofro pelo luto ao seu lado até hoje.
  Não deixe escapar o amor da sua vida por brigas, intrigas, falta de vontade, distância, ciúmes, impedimento dos pais. O amor não se explica se vive, e com ele vem vários sentimentos, o mais nobre, o mais puro, e o mais bonito de todos, de valor ao que você tem, porque saudade não é motivo pra você ter de volta.

 
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