Nunca deixe de amar, nunca deixe de se entregar, vou lhes contar minha história e talvez entendam o que estou falando, talvez não, só sou um menino relatando sua história.
Eu estava vagando no facebook igualmente a todo mundo, mas eu vi uma foto, que me parou, ela era linda, meu Deus, como ela era linda. Tive que falar com ela, foi mais forte que eu... Era monólogos totalmente discretos no começo, fui pegando intimidade e me apaixonando cada vez mais.
Ela tinha minha confiança e eu a dela, pena que ela namorava, e morava a 350km de distância, foram um ano, e nove meses, como o melhor amigo, o fofinho, eu não queria isso...
Logo após isso me declarei, não aguentava mais guardar aquilo para mim mesmo, ela levou algum tempo para me entender, perceber o que sentia, e aceitar o pedido de namoro. Foi mais um ano namorando, e eu sempre adiando o dia de ver ela, minha família era contra essa minha vontade de namorar a distância, ninguém aceitava ninguém queria.
Um dia, eu estava no colégio ela ela deu uma crise de ciúmes, coisa normal nossa desde a época de amizade, mas dessa vez ela exagerou e eu não gostei, terminei tudo, um idiota. Chegando em casa, dormi no sofá nem almocei, estava com um aperto no peito e passando mal, acordei com o meu celular tocando, era ela. Atendi e disse:
- Oi meu amor, me desculpe não te responder, mesmo estava muito nervoso, eu amo você, me desculpe mesmo.
- Oi, aqui é da polícia, pelo que entendi você é namorado da Andressa?
- Sim, por quê?
- Temos uma notícia não muito boa a lhe dar.
- Diga seu guarda, não me deixe nervoso (eu já estava apreensivo, quase chorando)!
- A Andressa estava muito nervosa, chorando muito, e saiu correndo na rua, com o celular na mão, o número discado era o seu, mas na confusão toda, ela acabou sendo atropelada, e depois de poucos minutos morreu, procuramos outros contatos, porém não havia outro número, me desculpe por ter que lhe dar essa notícia.
Eu paralisei, minha vida, meu tudo, minha base! Morreu? Como assim, morreu? A culpa era minha! Quem se irritou com a briga fui eu!
- Alô, tem alguém na linha? Sabe nos informar algum contato da família dela?
- Seu guarda, provavelmente ela tenha um outro celular na bolsa, onde tem todos os seus contatos, esse celular ela usava com um chip da minha cidade, pra poder se comunicar comigo. (Disse eu em prantos.)
- Ok, entraremos em contato com a família da moça, obrigada!
Eu liguei pra minha mãe, avisei que peguei dinheiro e fui para a rodoviária. Consegui me comunicar com a mãe dela, que me compreendeu e me deu estadia. Cheguei a tempo do velório, e pela primeira vez toquei em seu rosto, esse foi o tão sonhado e almejado primeiro encontro, eu a sentia, meu sentimento fervia mas eu não podia fazer mais nada, nada que mudasse a história, como eu gostaria de estar sonhando.
Tantos meses planejando aquele dia, o primeiro beijo, a primeira noite, nossos romances, histórias, carinhos, eu nunca vim, sempre adiava por motivos banais, sem razão as vezes, sempre achei que ela estaria ali. A mãe dela não saiu do meu lado, nós dois chorávamos e olhávamos para aquele corpo querendo dizer tanta coisa que não podia mais ser dita. Viver tantos planos, e coisas impossíveis hoje. Escrevi uma carta, coloquei em seu peito e vi seu caixão sendo fechado.
Nesse momento, senti todo o meu amor morrendo, tudo que sentia, foi despedaçando, caindo, se indo junto a ela, meu coração, eu sabia que nunca amaria alguém como amei ela, eu me culpava, eu me odiava.
Hoje vou uma vez por ano na cidade dela visitar o túmulo e sua família, eu e a mãe dela passamos sempre ao menos uma vez ao ano juntos, e nesses cinco anos eu via a minha menina em seu olho, em seu carinho, no seu jeito, virou uma segunda mãe uma melhor amiga, e sofro pelo luto ao seu lado até hoje.
Não deixe escapar o amor da sua vida por brigas, intrigas, falta de vontade, distância, ciúmes, impedimento dos pais. O amor não se explica se vive, e com ele vem vários sentimentos, o mais nobre, o mais puro, e o mais bonito de todos, de valor ao que você tem, porque saudade não é motivo pra você ter de volta.
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